O caso Máscaras de Chumbo ocorreu em agosto de 1966, quando dois técnicos em eletrônica, Miguel Viana e Manoel Cruz, foram encontrados mortos no alto do morro do Vintém, em Niterói, Rio de Janeiro. Nós avaliamos este episódio como um caso frágil da ufologia. (Casos sem explicação aparente existem aos montes nos arquivos policiais.)

Apesar das vítimas não aparentarem estar ligadas com a contatologia ufológica, há indicativos de que estavam ligadas com o espiritismo, o ocultismo e áreas do gênero. O diferencial deste episódio seria a suposta aparição de um UFO sobre o local da ocorrência, no Morro do Vintém, e um suposto efeito físico na área exata onde as vítimas morreram.

Efeito físico na vegetação?

Foi constatado que a vegetação no epicentro da ocorrência não cresceu mais. No entanto, até onde foi noticiado, não foram feitas análises no solo — no local onde dizem que a vegetação não cresceu mais.

Neste tópico, as análises que deveriam ter sido feitas era comparar a área da vegetação afetada com as áreas próximas não afetadas. Somente uma varredura por algumas regiões do morro iria indicar, na época, se não existiram outras áreas em que a vegetação não cresceu mais.

Ou seja, de antemão, sem primeiramente analisar outras zonas do morro e observar se a vegetação também não cresceu mais em outras áreas, olhar apenas o local onde foram encontradas as vítimas não nos permite absoluta certeza de efeito físico na vegetação. Não há registro se isto foi realizado na época. Hoje, a área está toda povoada por habitações e este episódio faz parte do passado.

Os envolvidos na tragédia

Suposto avistamento de um UFO na região

Outro ponto de destaque deste caso é que, após os jornais começaram a divulgar o episódio em manchetes, surgiram testemunhas que narraram ter aparecido um UFO no local. Às vezes as testemunhas procuram acomodar sua observação com os fatos descritos nos jornais.

Assim, supondo que tenha aparecido um objeto voador não identificado na região, este poderia até estar no céu, ao longe, distante do local dos fatos, mas a testemunha acaba “acomodando” sua visão, achando que o UFO estava em cima do morro e sobrevoando as vítimas.

Outra hipótese é a de que testemunhas podem ter avistado um objeto aéreo na região em determinada hora, mas as suas narrativas acabam se “acomodando” de que “foi exatamente naquela mesma hora que as vítimas estavam lá no alto do morro”. Ou, ainda, é bem provável também que não tenha existido UFO algum, e que essa visão tenha sido um erro de interpretação ou um evento ordinário que as pessoas interpretaram como um disco voador.

São hipóteses que lançamos e que acreditamos que devem ser avaliadas, pois vejamos: relendo o prólogo do livro Confrontos do ufologista Jacques Vallee, que narra o caso, é dito na página 19 que as vítimas já tinham feito duas experiências anteriores desse tipo.

A última teria acontecido na praia de Atafona, distrito do município de São João da Barra, interior do Rio de Janeiro, dois meses antes do caso Máscaras de Chumbo ocorrer, e que, segundo Vallee, “houve uma explosão, um objeto luminoso no céu, um flash cegante. Pescadores locais disseram ter visto um disco voador cair no mar”.

Livro Confrontos, na versão em inglês
Livro Confrontos, na versão em inglês

Bombas caseiras e UFOs

Posteriormente, as famílias das vítimas contaram no inquérito policial que essas experiências na praia de Atafona eram apenas efeitos de bombas caseiras. Então, o que temos aqui? Uma bomba provocou tamanha luminosidade que testemunhas a observaram e pensaram que fosse um disco voador!

Por que não poderia ter ocorrido algo similar no morro do Vintém? As duas vítimas subiram o morro, fizeram uma experiência similar e a luminosidade pode ter gerado os relatos de discos voadores na região. Essa tese fica mais forte quando sabemos que eles estavam com um papel contendo anotações com equações usadas em eletrônica.

Sumiço de objetos

Se as vítimas usaram novamente bombas em suas experiências, onde estaria o material que provocou o incidente? Não foi encontrado. Talvez, possa ter sido retirado de lá por alguém. É narrado por testemunhas locais que, quando as vítimas chegaram ao pé do morro, estavam acompanhadas de outras duas pessoas.

Essas pessoas nunca foram identificadas, apesar das testemunhas não mencionarem explicitamente se elas subiram posteriormente o morro. Essas duas pessoas poderiam ter retirado o material da cena quando a experiência fracassou e causou a morte de Miguel e Manoel?

Essa hipótese ganha pontos quando é relatado que uma faca, levada pelas vítimas, não foi encontrada no local da tragédia. Quem retirou a faca da cena trágica? Poderiam ter sido estas duas pessoas desconhecidas? Se sim, por que estes supostos indivíduos teriam intenção de retirar a faca do local onde se encontravam as vítimas? Não se sabe.

O que há contra a tese da experiência com bombas é o fato de que não houve menção, por parte de testemunhas da região, de algum barulho de explosão, como ocorreu no evento anterior na praia de Atafona.

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Caso similar

Vallee e sua esposa Janine estiveram pessoalmente investigando o caso das Máscaras de Chumbo aqui no Brasil e chegaram a subir o Morro do Vintém (tem até a foto dele no livro subindo o morro). Ele comentou esse caso logo no prólogo (páginas 13-25).

Há também um episódio similar ao caso Máscaras de Chumbo, que ficou conhecido como o Caso Grumari, ocorrido em 04 de março de 1986. Este episódio foi comentando brevemente por Vallee em seu livro Confrontos (verifiquem as páginas 143 e 144). Em páginas anteriores e posteriores, ele comenta outros casos similares fora do Brasil.

Sobre Grumari, Vallee finaliza:

“Como nenhum OVNI foi avistado no caso Grumari, o incidente não parece diretamente relevante para o tema do impacto letal dos OVNIs, embora forneça um indicador importante do contexto social do fenômeno no Brasil, onde os casos de OVNIs nem sempre podem ser desvinculados das práticas e crenças ocultistas. A morte acidental de ocultistas durante tentativas de contatar entidades de alto nível não são raras.”

Referências

[1] VALLEE, Jacques. Confrontos: a pesquisa e o alerta de um cientista sobre contatos alienígenas. Tradução de Celso Nogueira. São Paulo: Best Seller, p. 13-25; 143-144, 1990.

Alexandre de Carvalho Borges
Físico em formação (bacharelando) pela Universidade de Franca, Analista de Tecnologia da Informação pela Universidade Católica do Salvador, pós-graduado em Ensino de Astronomia pela Universidade Cruzeiro do Sul, pós-graduado em Ensino de Física pela Universidade Cruzeiro do Sul, pós-graduado em Perícia Forense de Áudio e Imagem pelo Centro Universitário Uninorte, pós-graduado em Inteligência Artificial em Serviços de Saúde pela Faculdade Unyleya, pós-graduado em Tradução e Interpretação de Textos em Língua Inglesa pela Universidade de Uberaba, e fotógrafo.

5 COMENTÁRIOS

  1. Quem é ou o que é um ET.
    Vamos pensar da seguinte forma, imagine você passeando pelo parque ou em uma chácara ou mais longe ainda em uma enorme fazenda no pantanal, ou no terreno de sua casa.
    bom primeiro no parque, uma simples colonia de formigas nos percebe,seriamos como ETs, para estes seres ( nos que nos auto nos denominamos humanos ) bom primeiro nem temos interesse nestes minúsculos seres,sera que vieram do espaço, mas naquele momento nos somos que viemos do espaço, para aquelas formigas, que ficam em alerta e assustadas talvez não é mesmo, para melhorar um pouco mais, muitos dos ditos cujos seres humanos pisa e destrói este formigueiro sem aparente motivo talvez por diversão, agora percebam que estamos falando de um simples formigueiro, que podemos encontrar em qualquer lugar, e podemos passar por ele sem dar importância alguma, e nunca mais na vida passar por aquele lugar. e é assim que muitos dos ditos cujos ETs, passam pela Terra sem nenhum interesse aparente, talvez para eles nos não tenhamos nenhum interesse, somos simples formigas trabalhando.
    Agora quantos sistemas de vida que funcionam paralelamente aos ditos cujus humanos que somos nós, bem ao nosso lado e em florestas desertos oceanos, mesmo no ar que respiramos, bom podemos perceber que ETs, podem estar vivendo na Terra bem antes que Nós Humanos.
    agora é muita arrogância de nossa parte achar que neste imenso universo somente a terra tenha vida (inteligente),
    Por isso abra a mente e perceba que somos um grão de areia em uma enorme praia, mas no momento somos um câncer no planeta terra, a grande maioria tentando destruir este planeta, se a Terra for algum órgão de algum de algum enorme corpo que não conseguimos visualizar, este órgão esta próximo de receber algum medicamento para extinguir esta doença que o Homem se tornou, poderíamos ser um simples vírus para melhorar e proteger o planeta terra mas a ganancia fez com que nos tornássemos um vírus maligno e pronto para destruir e não para proteger.
    ha mais uma coisa, agora imaginem uma pessoa viajando para o Japão, temos nossos meios de nos locomovermos, iriamos em 26 horas mais ou menos aqui do Brasil, e quantas vidas uma formiga levaria para fazer esta mesma viagem com os recurso que elas tem, perceberam o homem tentando viajar pelo universo, parece que somos simples formigas não é mesmo.

  2. Como mencionei no ultimo comentário. Onde falo do perigo de se contatar tais seres. Esqueci-me de mencionar os dos pretensos ufos e que se dizem ser de tal e tal lugar. O exposto e exemplo típico do que pode ocorrer se se descuida e não se tomar as medidas de segurança necessárias e se deixa levar pela conversa de tais seres. Eles têm um único objetivo em mente criar o caos e confundir a mente das pessoas. Além zombar o que podem fazendo se passar por entidades tal e tal. E em pleno século XXI ainda há gente que acredite na conversa deles. Muitas vezes nem UFO existe e sim gente mentindo descaradamente para aparecer na TV. Na maioria das vezes tanto a projeção de algum pretenso UFO ou a de algum tripulante nada mais são que projeções holográficas. No caso de aviltamentos da Virgem é a quase totalidade das ocorrências. E fazem os contatados verem o que os demais presentes não veem. Não raro por meio de aparelhos implantados na cabeça do contatado para fazê-lo ou fazê-los verem o que querem que seja visto. E até muitos dos pretensos aviltamentos de Ufos e conversas com tripulantes do mesmo. Originam-se de tais aparelhos implantado e outros mais com as mais diversas finalidades. Mas voltando a questão: No caso acima e de muitos outros não resta a menor duvida de que algo deu errado. E que algum tipo de ritual ocorreu. As mascaras evidentemente visavam proteger os olhos de algum tipo de radiação emanada por algum aparelho. O mais provável e que a radiação emanada por tal aparelho ou equipamento e que lhes tenha causado a morte. Não ao contrário. Como sou médium curador e possuo uma vidência que perturba tais seres. Tenho encontrado os mais diversos implantes, aparelhos e trabalhos com a finalidade prejudicar e dominar a pessoa visada. Muitas vezes recorem a materiais e das mais diversas origens para fazerem seus trabalhos. Vindos não raro de diversos lugares do mundo espiritual. Os próprios médiuns que por vez ajudava ficavam boqueabertos com o que ia aparecendo. O que não raro me criava sérios problemas de inveja por parte deles da minha mediunidade e sobre tudo de minha vidência. Por conseguir ver coisas que ninguem nunca viu. Mesmo com décadas de experiência no ramo. Shtar, que é uma emanação do Criador e que me deu tal poder e outros mais. Vejo o que ele vê.

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