Nessa entrevista iremos conversar com Euvaldo Cabral Jr. Euvaldo é graduado em engenharia de comunicações, mestre em Engenharia Elétrica — com tese na área de processamento digital de sinais de voz — e doutor em Engenharia Elétrica pela University of East Anglia, na Inglaterra. Dedicou toda sua vida à carreira acadêmica, lecionando no Instituto Militar de Engenharia (IME) e na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP).

Paralelo a estas atividades acadêmicas, esteve envolvido diretamente na investigação científica do fenômeno das vozes eletrônicas, o EVP (Electronic Voice Phenomena). O resultado de mais de 30 anos de pesquisas e estudos deste fenômeno pode ser conhecido no livro que acaba de lançar: Realidades Invisíveis: Uma Investigação Eletrônica, de 1.432 páginas.

Essa entrevista foi realizada em julho de 2011 e apresenta a vanguarda da investigação científica acerca deste fenômeno. Com a palavra inicial, o próprio Euvaldo:

“Em primeiro lugar parabéns pelo seu esforço desinteressado de manter um website de grande interesse para o público. Depois de mais de trinta anos lidando com esse assunto e, dedicação nos últimos dez, é sempre difícil para eu responder perguntas sem querer usar muito espaço e transmitir o máximo do que aprendi. Mas, faço abaixo o possível para responder todas as questões sem me alongar mais do que o que julguei necessário. Todos os termos novos da Teoria de SEE (há muitos) são colocados em negrito”.

Acompanhe, abaixo, a entrevista.

Euvaldo Cabral Jr., PhD (Foto: Euvaldo Cabral Jr.)

Quais as principais novidades que os leitores poderão encontrar no livro Realidades Invisíveis?

Isso depende de quem é o leitor. Comentando por capítulo, posso dizer que todos os capítulos contêm muitas novidades, pois são inéditos. Entretanto, o Capítulo 2 pode ser uma exceção a essa regra, pois ele não contém exatamente novidades, mas uma extensa compilação de subsídios para a sobrevivência. Eu comprei e pesquisei centenas de livros (na realidade todos que encontrei em vários países) sobre o assunto, durante mais de 20 anos.

Entretanto, para o leitor familiar com o assunto, a novidade é somente o fato de que todas as evidências (fora do fenômeno eletrônico) estão reunidas em um só capítulo. O Capítulo 3 contém descrições com diagramas ilustrativos de mais de 140 experimentos com muitos métodos de investigação eletrônica, tendo no final de cada experimento um comentário sobre os resultados obtidos na época do experimento e na época da escrita do livro (isso porque os experimentos começaram em 1975 e certas interpretações mudaram com o tempo).

O Capítulo 4 traz a experimentação no Harmonic Science Institute e contém algumas novidades. Entre elas a descrição de um experimento avançado denominado “Campos Anulantes”, onde foi possível um comentário por parte de uma pessoa fora da matéria física com respeito ao que estava observando quando o equipamento era alimentado. Além disso, o Capitulo 4 contém toda a experimentação básica que levou a uma ampla classificação do fenômeno eletrônico, o qual eu denominei EDP desde uma conferência em 1999.

EDP é um acrônimo para Electronic Disturbance Phenomenon, um termo mais amplo que criei para englobar os fenômenos físicos (PHYDAR e PHYDVIR — ver abaixo) e perceptuais (PEDAR e PEDVIR — ver abaixo), que eu mostrei serem diferentes um do outro. (Siglas acima: do inglês PHY-Physical — Físico, PE-Perceptual e o final DARDisturbances in the Acoustic Range — Distúrbios na Região Acústica e DVIR-Disturbances in the Visual Range — Distúrbios na Região Visual).

O Capítulo 5 é 100% novidade. Representa o resultado de muito trabalho na montagem de uma teoria mente-cérebro sobrevivencialista para preencher o vácuo existente: não havia nenhuma! A Teoria de SEE mostra como os seres vivos são constituídos em termos de corpos físicos e não-físicos (Corpo Real, Corpo Mental e ISAIndividual SEEONIC Aggregate,agregado SEEÔNICO individual, que é o espírito) e, dentre várias outras coisas, resolve o problème de la liasson, ou seja, como o cérebro físico se comunica com sua mente não-física.

O Capítulo seis também é 100% novidade, pois surgiu como uma necessidade de expansão dos modelos de realidade existentes. Esses são: o modelo materialista (óbvia e ridiculamente errado), os modelos das escolas filosóficas (parcialmente corretos) e o espírita Kardecista, que está correto, mas incompleto.

Incompleto por várias razões, dentre elas não aludir a mentes não-humanas (ufólogos foram muito ofendidos no passado por espíritas, creio de boa-fé, mas em profunda ignorância da realidade), a mentes de plantas e animais, a existência de micro-realidades e a mentes artificialmente geradas (MALMS, Machine-Like Minds — Mentes Como Máquinas, como as chamo), e por se referir a uma complexa estrutura de realidades não-físicas como apenas ‘mundo espiritual’, ‘espiritualidade’, etc.

O Capítulo 7 também é 100% novidade e surgiu da percepção que mais importante do que o conhecimento técnico é a aproximação da humanidade de culturas diversas. O HOMONISMO é uma proposta de, após responder um extenso questionário, as pessoas poderem ser comparadas por simples distância entre as matrizes HOMÔNICAS, que são as matrizes das respostas.

Por definição todo ser humano é HOMONISTA passivo, até responder o questionário e se tornar ativo. A elaboração do questionário faz parte da continuidade do trabalho sob o guarda-chuva de um novo instituto e constituirá parte do novo projeto intitulado Harmonic Science, o qual é apenas um dos sete novos projetos.

O senhor diz que o EVP é o único caminho que a ciência atual dispõe para provar que existe uma vida após a morte. Como é possível comprovar isto hoje?

Os outros caminhos seriam: experiências de contatos com OMMS (Out of Matter Minds — Mentes Fora da Matéria, como as chamo — o termo espírito para alguém que deixou a matéria é incorreto por se referir as pessoas não-físicas que têm um corpo igual ao que tinham aqui) por indivíduos em estado sonambúlico; relatos de sonhos significativos; visões no leito de morte; manifestações e aparições de OMMS com propósito; manifestações e aparições genéricas; relatos indicativos de reencarnação; relatos de experiências de quase-morte; relatos de saída consciente do corpo; relatos de materializações obtidas por mediunidade; outras provas de identidade obtida por mediunidade.

Desses, vemos com clareza, nenhum conduziria a uma prova definitiva devido à dificuldade de reprodução. As materializações luminosas poderiam constituir prova, mas se assim o fosse, os experimentos já documentados seriam suficientes.

Assim, a comprovação fica a cargo dos fenômenos eletrônicos. Nesses, para se conseguir a prova, temos que modificar o paradigma científico, pois o modelo do canal de comunicação (Capítulo 4) mostra que a chance de obter comunicação física é baixa e somente pode ser aumentada quando as probabilidades envolvidas forem maiores. Isso envolve o experimentador, o comunicante, os equipamentos eletrônicos e os supervisores dos mundos não-físicos, incluindo o imediato, ou seja, aqueles que estão acompanhando o experimento.

Assim, eu criei o termo ESMIR, um acrônimo para Extended Scientific Method for Invisible Realities — Método Científico Estendido para Realidades Invisíveis. Com o ESMIR, podemos projetar experimentos que comprovem o fenômeno físico e experimentos com grande número de participantes que comprovem e validem o fenômeno perceptual.

Esse último oferece comunicação constante, pois não está sujeito ao bloqueio energético dos supervisores, como ocorre com o fenômeno físico. Com treinamento adequado, qualquer pessoa pode obter PEDAR da forma descrita no livro.

A teoria de multiversos da física teórica seria a teoria mais próxima para explicar a existência do fenômeno das vozes eletrônicas?

A Teoria mais próxima para explicar o fenômeno das vozes eletrônicas, chamado por mim generalizadamente de Electronic Disturbance Phenomenon (Fenômeno dos Distúrbios Eletrônicos, tendo EVP como uma de suas variantes), é a Teoria de SEE (TS), exposta em sua forma não matemática no Capítulo 5 do livro Realidades Invisíveis.

Agora, a pergunta é: qual teoria atual mais se aproxima da Teoria de SEE. A resposta é que a TS tem aspectos de várias das teorias atuais. A dos multiversos tem a ver diretamente, mas a Teoria de SEE afirma a existência de várias realidades e, dentro de cada realidade, temos os universos físicos e não-físicos, o que é um conceito bem mais amplo que os simples multiversos.

No Capítulo 6, que trata do novo modelo de Realidade, o HIMUR (Hierarchical Multi-Universe-Reality — Multi-Universo-Realidade Hierárquico), como o próprio nome diz, engloba o multiverso físico e não físico em um ciclo de criação (Big-Bang) e no final do ciclo, reabsorção pela realidade não-física imediata, ocorrendo então contração nessa realidade não-física, para depois ressurgir como um novo Big-Bang e reiniciar o processo.

Voltando ao ponto, a TS é uma teoria mais precisa e completa do que qualquer outra existente para explicar os fenômenos em questão. Se a pergunta for em termo das descrições matemáticas, a resposta é um pouco mais complexa, pois se o tempo mostrar que a TS está correta, a visão atual da física quântica estará provada incorreta, ou seja, as interpretações existentes (são várias) estarão todas erradas ou incompletas por ignorarem as Realidades Invisíveis não físicas.

A teoria proposta que se aproxima e, na realidade, constitui parte da base matemática teórica da Teoria de SEE é a chamada Pilot Wave Theory, proposta por Louis de Broglie e defendida por ele no famoso congresso Solvay de física em 1927. Por causa de críticas obtidas, principalmente de Pauli, ele abandonou a teoria. Entretanto, David Bohm retomou a ideia e surgiu o que hoje conhecemos como Bohmian Mechanics (Mecânica Bohmiana).

Mas, há muito mais a ser dito e não é possível nesse espaço aqui. Meu trabalho atual, ou melhor, dos últimos dois anos, tem sido de aperfeiçoar a TS de forma a ter um modelo mais preciso das realidades físicas e não-físicas, englobando em uma explicação ampla, matérias, mentes, ISAs (espíritos), evolução, conceito de vida e consciência, e gênesis das realidades, dentre muitas outras coisas.

Se a interação da mente do experimentador é também uma das causas do fenômeno das vozes eletrônicas, como será possível diferenciar entre um fenômeno que é originário do próprio experimentador e de outro que seria originário de inteligências não-físicas?

É preciso invocar a TS para a explicação. Temos dois tipos de fenômenos: físicos (PHYDAR) e perceptual (PEDAR). No caso do fenômeno físico, a voz está gravada em nível acima do ruído de forma a permitir ser ouvida por mais de um locutor e interpretada.

Nesse caso, a voz não sendo do experimentador será, com alta probabilidade, de outra pessoa, física ou não-física (não esquecer da grande quantidade de interpretação errônea de fenômenos naturais por EVP, e também das fraudes, onde deliberadamente vozes são afirmadas como não sendo físicas).

A única forma de diferenciar nesse caso, quando há ambiguidade, ou seja, não sabemos se é física ou não-física a origem, e apelar para o conteúdo e o contexto. Também o ritmo é peculiar para os ouvidos treinados.

No caso das vozes perceptuais (PEDAR), o experimentador pode produzir as vozes, mas nesse caso, as vozes soam como a dele para ele mesmo, tornando-as facilmente distinguíveis para o próprio. Além disso, elas podem se superpor em diferentes audições, coisa que não ocorre com o fenômeno físico.

Em suas pesquisas, o senhor acredita que o EVP/TCI é um fenômeno de inteligência unicamente humana ou possivelmente envolva também inteligências não-humanas?

O fenômeno que chamo EDP (que engloba EVP e TCI) envolve mentes não-humanas tanto quanto humanas. Mais do que isso, a supervisão das comunicações tem sido feita, muitas vezes, por vozes que se identificam como não humanas, quando pergunto o que são.

Mais do que isso, em minha opinião, nas realidades não-físicas para onde vão a grande maioria dos que deixam seus corpos físicos (que na Teoria de See são chamadas de Real Worlds, ou Mundo Reais), a existência e interação com mentes que na época da observação estão ocupando corpos não-humanos, é normal.

Qual sua opinião sobre os experimentos de EVP que superam a média dos outros experimentadores, como por exemplo, as vozes claramente audíveis, em tempo real, obtidas pelos pesquisadores Marcello Bacci, na Itália, e Hans Otto Konig, na Alemanha?

No Capítulo 4 do livro podemos encontrar a descrição do que chamei de Inter-Reality Communication Channel (IRCC). Lá, pela observação das peças componentes de uma comunicação bem sustentada por tempo longo o suficiente para descaracterizar o fenômeno perceptual (PEDAR) (maior que cerca de 5 segundos), nota-se que uma combinação de equipamento, experimentador, transmissor e supervisor (pessoas não-físicas que têm a capacidade de bloquear a comunicação) se faz necessária.

Como você se refere a vozes ‘claramente audíveis’, você está se referindo ao fenômeno físico (PHYDAR) que para ser sustentado dessa forma exige que seja via rádio ou outro meio de recepção, onde o sinal é enviado de uma das existentes estações transmissoras situadas no que a TS chama de Immediate Non-Physical Reality INOPHYR — Realidade Não-Física Imediata.

Tais transmissões não violam certas regras impostas pelos supervisores e, quase sempre, tem fim de auxílio ou caritativo. Elas também mostram que, quando com alta probabilidade vinda das mentes do modelo, a sofisticação do equipamento receptor é dispensável. Basta, muitas vezes, um simples receptor de rádio acoplado a um gravador.

Poderia nos fornecer um resumo da Teoria de SEE, ou teoria da Fonte de Tudo e de Todos, exposta no livro Realidades Invisíveis?

A Teoria de SEETS é o resultado de mais de 20 anos de análise das idiossincrasias da comunicação eletrônica. Ela começou na Inglaterra em 1990 com o título “Actual Brain Theory”, e depois passou por vários nomes e modificações: Theory of the Emotons (Teoria dos EMOTONS), Holographic Theory of the HOMONS e, finalmente, TS.

A TS segue um caminho de continuação filosófico-matemática das teorias espíritas Kardecistas, da visão acurada de Luís de Mattos (criador do Racionalismo Cristão) e da mais avançada teoria de Pietro Ubaldi (nos três livros da série de 24: ‘A Grande Síntese’, ‘Deus e o Universo’ e ‘O Sistema’).

Esses autores, com auxílio de comunicação mediúnica (Kardec), profunda intuição de correntes de pensamentos da Realidade Mental (termo da TS), (Ubaldi) e ambos (Luís de Mattos: tudo é constituído de Força e Matéria; comparar com a visão da Teoria de SEE, onde tudo é constituído de Vida e Matérias), passaram ao mundo importantes conhecimentos sobre a estrutura dos mundos não-físicos, até então imersas na profunda ignorância do materialismo ou na visão claramente errônea das religiões do mundo.

O livro Realidades Invisíveis, de Euvaldo Cabral Jr. (Divulgação)

A TS expande consideravelmente o ponto deixado por esses nobres pesquisadores. Ela foi escrita a partir de observações, por mim efetuadas, de uma grande quantidade de experimentos com equipamentos eletrônicos. Tais equipamentos foram de inúmeros tipos (Caps. 3 e 4 do livro para mais de cem descrições, com resultados). Depois, o processo de criação continuou com base em minha própria intuição (ocorrida várias vezes de forma inesperada e inusitada) e no conhecimento adquirido da muito longa experimentação.

Quando uma ideia era detalhada, eu partia para a o contato com as OMMS (Out of Matter Minds — mentes fora da matéria, termo da TS) na forma de perguntas e respostas obtidas pelo método PEDAR. Tal técnica foi desenvolvida com o tempo ao ponto de me permitir o diálogo com NOW (number of words — número de palavras) de 2 a 5 em frases de respostas com NOB (Number of Bounces — número de idas e vindas, ou seja, numero de vezes que uma pergunta recebe uma resposta direta) de 1 e mais raramente 2.

O resultado final, a TS, descreve tudo que existe partindo da Gênesis, onde as realidades física, real e mental são criadas com suas respectivas realidades não-físicas imediatas (todas as matérias são pares físico-não-físicos, segundo a TS). O Big-Bang é o processo de tal criação. Junto com as unidades criadoras dessas realidades (LIFONS descaídos de unidades SEEONICAS de vida chamada VITONS, unidade constituinte de SEE), são distribuídos os VITONS pelas três realidades principais.

Assim, após a vida florescer em um mundo físico, não físico ou mental com base nos VITONS e na estrutura da matéria organizada naqueles mundos, multidões de seres vivos evoluem do mineral ao espírito.

Ao evoluir, a matéria se organiza, surgem os cérebros. Os cérebros começam a produzir unidades elementares na Realidade Mental. Após um número crítico, tais unidades se agrupam e agregam uma unidade (SEEON) do mundo SEEONICO (realidade primordial de SEE, que engloba todas as outras) e uma ISA (Individual SEEONIC Aggregate — Agregado SEEÔNICO individual — ‘espírito’) é formado. A partir daí, surge a autoconsciência e vários SEEONS começam a se acumular, os quais representam o aprendizado evolutivo do indivíduo.

As unidades mentais são de três tipos: COGNONS, RATIONS, e EMOTONS. As primeiras são produzidas com a acumulação de conhecimento. Nada é perdido. As segundas, com todos os raciocínios, com a inteligência. A terceira, com toda e qualquer emoção. Ao morrer na realidade física, tudo que é vivo sobrevive nos Mundos Reais (o mundo que será depende de qual é o ser vivo e qual o seu grau SEEÔNICO ou evolutivo).

Nos Mundos Reais, ao morrer, perde-se o Corpo Real (igual ao físico) e começa-se a viver na Realidade Mental. A vida em cada realidade (física, real e mental) prossegue de forma aparentemente isolada das que vem acima, como é o caso da nossa física que parece para a maioria isolada da não-física imediata e, consequentemente, de todas as outras acima, segundo a TS.

Após a experiência mental, a mente da presente vida é absorvida pela ISA e o indivíduo fica sem corpo, físico ou não-físico. Nesse momento, ele pode ceder um SEEON de qualquer das mentes lá existentes (cada mente, uma vida física ou não-física), para uma mente de um feto em formação nos mundos reais ou físicos. É a Remateration (“remateração” — termo da TS), mais apropriado que “reencarnação”, pois nos mundos reais a ‘carne’ não é a que conhecemos por aqui.

A TS mostra que no final de um ciclo (universo físico muito velho e matéria física totalmente desagregada) a matéria física é absorvida pela não-física imediata. Desse ponto, condensa-se de novo e um novo Big-Bang ocorre. Na realidade total ou SEEÔNICA, esse ciclo está ocorrendo em inúmeros universos físicos que estão afastados uns dos outros uma distância muito maior que o limite atual de cerca de 14 bilhões de anos luz.

Em termos de física, a TS postula que não existe matéria física isolada, somente pares físico-não-físicos. Daí a reabsorção pela matéria física imediata no final do ciclo. Bem, se eu continuar falando, não tem fim! É preciso ler a teoria no livro. Todos os termos da TS são novos. Isso se deveu ao fato de que a TS traz muitos aspectos novos aos modelos existentes e, muitos deles, são inéditos e não devem ser confundidos com outros antigos e obsoletos.

A TS em sua forma matemática (em desenvolvimento) é a verdadeira Theory of Everything — TOE (Teoria de Tudo), que a física atual sonha em desenvolver. Nenhuma TOE será desenvolvida sem a inclusão dos mundos não-físicos, muito mais importantes que os físicos na jornada evolutiva dos seres vivos.

Qual a contribuição, hoje, que o campo do processamento digital de sinais e das redes neurais artificiais pode trazer para o estudo das vozes eletrônicas?

A contribuição da limpeza do ruído de fundo das vozes EVP, quando são físicas, ou seja, PHYDAR. A geração de ruídos com várias distribuições para o caso das vozes perceptuais (PEDAR), com a consequente busca de um automatismo que identifique a presença de PEDAR no ruído gerado, de forma a permitir a análise posterior ao tempo de gravação.

Particularmente, eu desenvolvi várias coisas nesse sentido. Uma rede neural do tipo MLP, treinada com vozes ruidosas e limpas, pode aprender a separar o ruído de vozes PHYDAR. Depois de um relativo sucesso, eu não continuei a pesquisa nesse processo devido ao fato do fenômeno físico ser raro e a comunicação não se sustentar em condições normais (muitas comunicações físicas claras são evidentes fraudes).

A pesquisa em PEDAR mostrou-se muito mais promissora, pois qualquer pessoa pode treinar seu ouvido para ouvir PEDAR e ter sucesso se as condições do canal IRCC (Capt. 4 — ver acima) forem favoráveis.

Em relação às imagens e vídeos de alegada procedência paranormal. Qual o caminho a seguir para diferenciar entre algo genuíno e a simples pareidolia?

Se o processo de gravação e a idoneidade do gravador não puderem ser comprovadas, eu voto por assumir como pareidolia ou fraude. Entretanto, se forem eliminadas as causas espúrias, o que diferencia é a complexidade.

A pareidolia normalmente se refere a imagens que visivelmente podem ser interpolações do cérebro humano. Por exemplo, no capítulo 4 do livro eu mostro um exemplo claro de uma face obtida por um método artificial, a qual é claramente pareidolia. Mostrando para várias pessoas elas juraram que era real!

Em seguida há uma imagem real (PHYDVIR), obtida por processo físico, onde a quantidade de detalhes é de tal ordem que torna a pareidolia praticamente impossível. Há inúmeras faces em várias posições da imagem e, além disso, a imagem grande forma uma inusitada imagem de face.

Aquela imagem surgiu no meio de milhares de frames consecutivos onde nada havia. Em resumo: forma de obtenção e complexidade. A TS explica o processo pelo qual imagens mentais colapsam em equipamentos. Há muito trabalho pela frente.

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Nota: o livro Realidades Invisíveis: Uma Investigação Eletrônica pode ser adquirido no próprio site do autor: www.realidadesinvisiveis.net

11 COMENTÁRIOS

  1. Alexandre,
    Quero parabenizá-lo e agradecer por essa excelente entrevista!! Graças a ela eu tomei conhecimento desse incrível trabalho. Após relutar um pouco para comprar o livro devido ao preço, eu mudei de ideia ao ver o tamanho do livro e a descrição dos capítulos.
    Acabei de ler depois de seis meses..!!. Eu estou, na realidade, impressionadíssimo com o livro. Tenho comprado tudo que aparece na área, pois faço contato com uma pessoa querida pelo método eletrônico. Parece-me que o Prof. Euvaldo está na frente não somente de todo mundo por aqui, como também no exterior. Por exemplo, comprei e li os livros do Alec Macrae, Tom Butler e Anabela Cardoso (essa é a melhor). Não há nada que se aproxime do livro do Prof. Euvaldo. Eu desconfio que há algo por trás desse preço elevado e o fato de que ele não parece interessado em divulgações. Principalmente na Teoria de SEE, a qual se estiver com as premissas corretas representa uma revolução na física.
    Na parte prática, há muitos experimentos no capítulo três que são inéditos e muitíssimo adequados para a comunicação. Como se isso não bastasse, ele propõe um sistema que pode aproximar as pessoas do mundo todo, o Homonismo. Não seria que depois de tantos anos conversando com os amigos de fora da matéria ele concluiu por um caminho mais amplo e a comunicação em si não seja mais tâo importante? Por que apresentar o Homonismo nesse livro??? Em resumo: o livro vale cade centavo que paguei por ele e acredito que, como brasileiros, deviamos nos orgulhar por haver um de nós que escreveu uma obra dessa magnitude e permanece no anonimato! Se você tiver contato com o Prof., transmita a ele meus cumprimentos e receba um grande abraço do Fernando Salles Jr.

    • Fernando, obrigado, e que bom que esta entrevista tenha puxado o fio da meada para seu interesse neste tema. Euvaldo diz que ainda lançará um outro livro, com a continuação do que foi tratado ali. Por ser um tema polêmico e pouco conhecido na sociedade, a divulgação dessas pesquisas já é inerentemente complicada.

  2. O livro é EXCELENTE. Recomendo a todos, principalmente os transcomunicadores, que o leiam. É apresentado, entre outros fatos, experimentos em que se alteram inúmeras variáveis na busca da identificação dos fatores que possam facilitar a EVP que o autor, com muita propriedade, renomeia de EDP (fenômeno dos distúrbios eletrônicos). A diferenciação entre PEDAR e PHYDAR é muito importante e não deve ser descuidada por nenhum pesquisador sério. Estou relendo a obra e aprofundando as anotações para comentar com mais detalhe posteriormente. Estou pensando em fazer um Seminário na APT. IPPP e Grupo Ivo Cyro Caruso para estudarmos e aprofundarmos seu conteúdo. Apesar do preço ser elevado vale apena fazer um esforço e usar o 13º para adquirir esta obra que não deve faltar na biblioteca de todo transcomunicador.
    Ass: Ronaldo Dantas Lins .:

  3. Eu estive na palestra que foi realizada na USP de Pirassununga e também estive no lançamento do livro na livraria Para ler. E aqui venho lhe parabenizar pelo trabalho novamente. Acredito realmente que o senho irá conseguir modificar essa ciência materialista e abrira o novo campo de pesquisa.
    A ciência evolui com a quebra de pensamento é isso que a historia nos mostra é isso o que acredito e é isso que deverá acontecer.

    Ainda não consigo adquirir o livro devido ao preço mas com certeza o comprarei no futuro.

    Disse ao Euvaldo que iria comprar o livro e mostrar para a minha mãe e que diria para ele posteriormente o que ela achou, porém isso pode demorar um pouco ^^

    Parabéns.

  4. Prezado Alexandre Borges,
    Parabéns pela entrevista e pelos detalhes explicativos.
    Não posso ajuizar a obra pela entrevista, nem o livro pela capa.
    Gostaria de lê-lo, pois parece excitante e interessante.
    Porém o custo de quase R$700,00 me é proibitivo.
    No site da obra não se fala sobre gratuidade de edições eletrônicas, Alexandre você saberia dizer se a obra em formato eletrônico estará disponível para distribuição gratuíta?
    Grato pela atenção Alexandre Borges,
    Carlos Eduardo Paladino Alvino.
    paladino.alvino@gmail.com

    • Prezado Alvino,

      Pelo que eu saiba, não há uma versão gratuita em pdf. Mas, seria preciso consultar essa questão pelo formulário lá do site. Não cheguei a perguntar ao Euvaldo isso. Não haveria razão da editora gastar com material impresso e, por outro lado, distribuir gratuitatmente em pdf. Uma opinão.

      Abraços,

  5. Alexandre, grata por postar na lista esta entrevista, pois quem tem interesse na TCI, considera com seriedade, os dados ali apresentados.

    Gostaria só de comentar com você uma situação um tanto particular e desconhecida , por mim.

    Este evento ocorreu ontem em uma gravação que fiz utilizando o ruido do radio em sw2 entre 12 e 14Mhz- entre 25 e 31m. as 21hs aprox.

    Estava em ambiente fechado e sozinha , captei uma frase perfeita e audível, onde cheguei a me surpreender com ela, pois a voz lembra a minha, porém mais grave e modulada. O dizer referiu-se a meu cão de nome pituca , só que eu não falei isso . Eu fiz a pergunta e aguardei uns segundos onde, a frase completa ficou assim;

    Eu gravo em voz para registrar dizendo: Iniciamos agora nossa gravação e deixaremos por aproximadamente 5 minutos, tá meus amigos, muita paz e muita luz.

    Vem uma voz masculina mais baixa e diz: Aqui tem vossa voz, vê.

    Em seguida entra uma voz parecida com a minha e diz: A pituca andando aqui. OBS: a pituca é meu cachorrinho de estimação e estava em outro lugar da casa dormindo profundamente.

    Volta a voz masculina mais baixa dizendo: Viu só. Tu entrou nas zonas(ou onda) brancas e nem notou.

    Fiz este comentário em alusão ao texto recebido na lista, postado por você hoje (5 de agosto de 2011) .

    Se tiveres interesse em receber este trecho para maior avaliação e esclarecimento, inclusive de outras possibilidades, posso lhe mandar.

    No mais, se puderes comentar a respeitpo do que descrevi, gostaria muito, pois tenho você como um pesquisador sério .

    Grata

    Suely Raimundo- RS

    • Olá Suely,

      Obrigado.

      Alguns pesquisadores já relataram que gravaram algo que lembra a voz de uma pessoa que ainda está viva. O próprio Jurgenson relata isso. A contraprova disso – de que é a mesma voz – só poderia ser feita por análise para identificação de falantes.
      Foi isso que me perguntou? Sim, pode enviar o áudio ao meio e-mail.

      Saudações, Alexandre

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