No campo esotérico existe uma história de um planeta que está se aproximando da Terra. Ele é chamado por vários nomes: Hercólubus, Planeta Chupão, Planetão, Planeta Marrom, Planeta Relógio, Higienizador, Planeta X (não confundir com a busca do Planeta X da história da astronomia) e tantos outros nomes para designar o mesmo “fantasmagórico” corpo celeste.

Esotéricos já marcaram datas e mais datas de sua chegada, e nada surgiu. Esse planeta sempre está chegando próximo à Terra, mas nunca chega.

Os astrônomos fantasmas

Fala-se de “astrônomos” de universidades que já encontraram e calcularam sua órbita, e de que o astro já pode ser visto nos céus por meio de telescópios. Contudo, não existe nada oficialmente catalogado sobre este astro — como é o procedimento astronômico quando é descoberto um corpo celeste.

Todos os verdadeiros astrônomos caçadores de planetas não descobriram esse Hercólubus, e nada existe registrado na astronomia oficial. Sendo irônico aqui, deve ser que exista uma conspiração para esconder o planeta, ou ele fica invisível quando a ciência aponta seus telescópios.

Existem fatos que não podem ser escondidos. Nenhuma central de Inteligência da face da Terra pode esconder um planeta. Ninguém pode trancafiá-lo dentro de uma gaveta a sete chaves. Em astronomia existe uma rede de astrônomos em todo mundo que rastreiam os corpos celestes.

Estamos certos de que praticamente todos eles não precisam, por exemplo, do aval da CIA para poder descobrir um planeta, ou um cometa, e nem mesmo um asteroide.

Em resumo, o tal planeta Hercólubus não existe.

Muitos astrônomos utilizam equipamentos financiados do governo, porém não é por esta razão que devemos adotar a teoria da conspiração para ocultar a descoberta de um astro de grandes proporções.

Uma agência governamental não pode esconder um corpo de grandes dimensões quando existem diversos astrônomos em centros de pesquisas vasculhando o céu. Mesmo que os centros de pesquisas não tenham condições de detectar um possível corpo transplutoniano, o céu continua aberto a todos.

Corpo transplutoniano

Por exemplo, a existência de Plutão não está apenas nas fotos, mas também em cálculos astronômicos. Hoje em dia são descobertos planetas extrassolares por meio de cálculos, apesar de nunca ter sido batida uma foto sequer de tal planeta.

Com a descoberta de Plutão, ainda restavam perturbações anômalas nas órbitas de Netuno e Urano. A massa de Plutão não era suficiente para explicar as perturbações residuais e, se fosse, as pesquisas se cessariam na busca ao corpo transplutoniano, o que não foi o caso. Os astrônomos retornaram as pesquisas na busca deste mistério.

Alguns astrônomos fizeram uma ressalva, dizendo que se existisse alguma perturbação nas órbitas dos planetas, elas seriam finalmente explicadas pela descoberta, em 1992, de vários asteroides além Netuno. A massa estaria perturbando as órbitas. Não era o planeta Hercólubus.

O astrônomo Geoffrey Marcy
O astrônomo Geoffrey Marcy

Possíveis planetas extrasolares

Muitos astrônomos estão anunciando descobertas de prováveis planetas fora do nosso sistema solar. Um dos mais prolíficos caçadores é a dupla Geoffrey Marcy e Paul Butler. Recentemente o Hubble fotografou um possível planeta extrassolar.

Astrônomos canadenses anunciaram a descoberta de dois novos satélites em Urano. Recentemente foi anunciado por astrônomos da universidade de San Francisco um provável planeta a não mais do que 15 anos-luz de nós.

Em apenas uns três anos de estudo o programa NEAT (Near Earth Asteroid Tracking) da NASA tem detectado mais de 25.000 corpos celestes próximos à Terra, entre asteroides e cometas. Recentemente, astrônomos britânicos descobriram dois novos astros de pequenas proporções além de Plutão.

As descobertas estão vindo, sendo da NASA, de centros de pesquisas, universidades independentes ou astrônomos amadores. Em resumo, o tal planeta Hercólubus nunca foi detectado e, certamente, não existe.

Alexandre de Carvalho Borges
Físico em formação (bacharelando) pela Universidade de Franca, Analista de Tecnologia da Informação pela Universidade Católica do Salvador, pós-graduado em Ensino de Astronomia pela Universidade Cruzeiro do Sul, pós-graduado em Ensino de Física pela Universidade Cruzeiro do Sul, pós-graduado em Perícia Forense de Áudio e Imagem pelo Centro Universitário Uninorte, pós-graduado em Inteligência Artificial em Serviços de Saúde pela Faculdade Unyleya, pós-graduado em Tradução e Interpretação de Textos em Língua Inglesa pela Universidade de Uberaba, e fotógrafo.

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