No Jornal de Limeira, de 24 de maio de 1999, o professor de física Laércio Benedito Fonseca diz que “muitas pessoas acham que os ETs vão invadir a Terra. Se quisessem isso, já o teriam feito. Na verdade eles querem é ajudar, pois percebem que a condição humana já é degradante por si própria”.  

Essa é uma argumentação clássica na ufologia e é citada por muitos ufólogos. Poderíamos apresentar a mesma argumentação oferecida pelo físico, só que ao inverso: se hipotéticos extraterrestres quisessem nos ajudar, já o teriam feito. Se a condição humana é degradante, não seria motivo deles já terem nos ajudado?

Por que os extraterrestres só podem nos ajudar em um futuro próximo, e não hoje? Por que os extraterrestres não podem nos invadir em um futuro próximo?

Em resumo, o que impede de hipotéticos extraterrestres nos ajudar agora ou nos invadir amanhã? Não estamos questionando se possíveis visitantes extraterrestres vão nos invadir ou nos ajudar, mas sim como este tipo de argumentação é construída, que foi baseada no desejo do ser humano de ajuda cósmica.

Extraterrestres: invadir ou ajudar?
Extraterrestres: invadir ou ajudar?

Algumas pessoas argumentam que os extraterrestres não podem intervir no livre arbítrio dos seres humanos por meio de um contato aberto. Entretanto, se os extraterrestres já interviram em anos anteriores por meio de um contato qualquer, por que eles seriam impedidos hoje de intervir definitivamente no livre arbítrio dos humanos?

Se eles já interviram no passado da humanidade, não adiantaria afirmar agora que eles não mais irão interferir, pois o processo de fluxo das ações humanas já teria sido modificado por algo não humano.

Se formos aceitar uma intervenção em grande escala — como a tese ufológica que apregoa que as épocas bíblicas foram palco de intervenção alienígena — temos uma assombrosa intervenção do curso da humanidade. Entretanto, como este é outro tema polêmico e especulativo, não podemos no momento comprová-lo e nem demonstrá-lo como verdadeiro.

Alexandre de Carvalho Borges
Físico em formação (bacharelando) pela Universidade de Franca, Analista de Tecnologia da Informação pela Universidade Católica do Salvador, pós-graduado em Ensino de Astronomia pela Universidade Cruzeiro do Sul, pós-graduado em Ensino de Física pela Universidade Cruzeiro do Sul, pós-graduado em Perícia Forense de Áudio e Imagem pelo Centro Universitário Uninorte, pós-graduado em Inteligência Artificial em Serviços de Saúde pela Faculdade Unyleya, pós-graduado em Tradução e Interpretação de Textos em Língua Inglesa pela Universidade de Uberaba, e fotógrafo.

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