A fotografia mostrada abaixo apresenta um relâmpago globular (do inglês Ball Lightning) tirada aproximadamente às 3:00 horas PM em 25 de junho de 1987, em Nagano, no Japão, por um estudante universitário. O tempo estava nublado e com chuva intermitente.

Em 1998, eu buscava informações sobre essa foto, que era considerada a melhor fotografia de um relâmpago globular de que se tinha notícia até então.

(Foto: Divulgação)

Enviei um e-mail ao expert no assunto, o Prof. Hideho Ofuruton, do Tokyo Metropolitan College of Aeronautical Engineering, no Japão. Ele foi organizador de vários eventos sobre relâmpagos globulares, como o Quinto Simpósio Internacional de Ball Lightning (ISBL97), em Tsugawa, Niigata, no Japão, em 1997.

Ofuruton afirmou, na época, que a fotografia tinha a possibilidade de ser um autêntico relâmpago globular, mas somente via um problema nela: a cauda do relâmpago correspondia com a linha da montanha que está ao fundo. Apesar de saber que o relâmpago aparece na fotografia em frente ao poste da rua, o professor abordou o problema com a seguinte resposta:

“Talvez essa correspondência seja uma casualidade, e eu não sei a razão”. A certeza em 100% sobre a natureza do fenômeno fotografado não tinha sido confirmada na época. Além disso, o professor afirmou que não havia realizado nenhuma investigação em especial para analisar a fotografia.

Ball-Lightning
(Foto: Divulgação)

Posteriormente, na mesma época, consultei por e-mail o Dr. Osmar Pinto, especialista em relâmpagos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Perguntei-lhe sobre os estudos de relâmpagos globulares aqui no Brasil e sobre essa famosa fotografia obtida no Japão. Sua resposta pode ser lida abaixo:

“Não conheço nenhum centro de estudo sobre o assunto no Brasil. Nós no INPE concentramos nossos estudos nos outros tipos de relâmpagos. Sobre a foto que falastes, eu conheço, mas não tenho mais informações sobre ela, a não ser que foi tirada aparentemente no Japão. Em relação à comunidade científica, em princípio a maioria dos pesquisadores aceita a ideia da existência de Ball Lightning, apesar de haver alguns céticos.”

Alexandre de Carvalho Borges
Físico em formação (bacharelando) pela Universidade de Franca, Analista de Tecnologia da Informação pela Universidade Católica do Salvador, pós-graduado em Ensino de Astronomia pela Universidade Cruzeiro do Sul, pós-graduado em Ensino de Física pela Universidade Cruzeiro do Sul, pós-graduado em Perícia Forense de Áudio e Imagem pelo Centro Universitário Uninorte, pós-graduado em Inteligência Artificial em Serviços de Saúde pela Faculdade Unyleya, pós-graduado em Tradução e Interpretação de Textos em Língua Inglesa pela Universidade de Uberaba, e fotógrafo.

2 COMENTÁRIOS

  1. Não tem esta aparência, é como se fosse mesmo uma bola de fogo, bem delimitada nas bordas. bem consistente, voa como se escolhesse
    para onde vai, no meu caso ela entrou pela cozinha saiu pela porta para a sala de jantar e explodiu na janela da sala de jantar, onde arrancou lascas na janela.

    • Interessante seu relato Rosana. Alguns relâmpagos globulares apresentam uma “cauda”, como visto nesta fotografia. No entanto, os relatos mais comuns são realmente de uma “bola” voadora.

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