Nessa entrevista conversaremos com o escritor, roteirista, cartunista e animador Pedro Ernesto Stilpen. Ele investigou o fenômeno das vozes e imagens paranormais durante muitos anos, e escreveu junto com o pesquisador Lázaro Sanches seis livros sobre a Transcomunicação Instrumental (TCI).

Entre alguns dos títulos que os dois pesquisadores escreveram estão o TCI Chatroom, o Vozes Mutantes e o Vida e Morte: o Retorno, que foram publicados em formato de e-book na internet. Estes livros descrevem suas pesquisas no campo da Transcomunicação Instrumental, principalmente na realização da gravação de vozes anômalas.

Atualmente Stilpen está afastado das pesquisas de TCI, apesar de acompanhar as novidades que surgem na área. Nesta entrevista conheceremos os motivos que o fizeram tomar essa decisão, e suas reflexões sobre o estado atual e futuro deste campo de pesquisa.

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Pedro Ernesto Stilpen (Foto: Arquivo Pessoal)

Conte-nos quando foi que você começou a se interessar pelo fenômeno das vozes e imagens paranormais. Por que você resolveu investigar este fenômeno?

Fiquei alerta a partir do livro Telefone para o Além, de Friedrich Jurgenson. Como tive a sorte de presenciar todos os tipos de fenômenos paranormais, busquei junto com o Lázaro Sanches resultados com os gravadores. Obtivemos muita coisa, e divulgamos através dos nossos livros pela Internet, gratuitamente.

Como eram feitos seus experimentos de Transcomunicação Instrumental? Quais métodos e aparelhos chegou a experimentar nesta área?

Ora eu fazia gravações sozinho, ora com o Lázaro. Ele tem uma inata capacidade de audição, e anotou todas as respostas dos nossos amigos invisíveis.

De todos estes anos que esteve investigando o fenômeno da Transcomunicação Instrumental, tem algum acontecimento que tenha mais lhe marcado?

Eu esperava que, com a continuidade, o Al-di-là providenciasse melhorias técnicas na produção das vozes. Mas não houve avanço nenhum. Depois da divulgação dos livros, passei para outros campos de pesquisa.

Qual origem atribui a essas vozes anômalas? Elas são vozes dos espíritos de pessoas que faleceram ou acredita que outras origens que possam explicá-las?

Não tenho certeza, pois tenho de me basear no que foi gravado; não tenho a menor capacidade de pesquisar mais profundamente. Algumas afirmações vieram a se concretizar, o que me fez questionar o que é o tempo, como funciona. Provavelmente, sim, as vozes vêm dos desencarnados, mas algumas vozes sugeriam origem de seres vivos, da Terra ou de outros planos de existência.

Você escreveu vários livros de Transcomunicação Instrumental com o pesquisador Lázaro Sanches, mas nenhum deles foi publicado no clássico formato em papel. Poderemos esperar no futuro um livro neste formato com o resumo das suas pesquisas?

Não. E nem me considero um pesquisador à altura. Meu método é encarar o fenômeno e ver o que acontece.

Qual era basicamente o conteúdo das gravações que recebia? De alguma forma elas foram úteis na sua vida?

Se você leu os livros, viu que pareciam respostas vagas, como se estivéssemos captando diversas ondas de rádio. Outras, no entanto, atingiam o centro do alvo!

Anos atrás você encerrou suas investigações deste fenômeno. Por que resolveu fazê-lo?

Senti que não conseguiria avançar mais do que já tinha obtido. Quer dizer, batia na mesma tecla.

Você experimentou a gravação de imagens? Nós vemos hoje no mundo da TCI muitas imagens sem muita definição em seus contornos. Qual sua opinião sobre a possibilidade de muitas dessas imagens de alegada procedência espiritual serem apenas pareidolia?

Tentei, mas não consegui captar nenhuma imagem além do que via na tela. Algumas imagens dos pesquisadores são bem claras e autênticas; como faço viagens astrais (ou fazia) a comparação é muito favorável para o “estar lá”.

Nos seus livros há a menção de que poderia existir uma estação de transmissão de um mundo espiritual. Essa estação tecnológica seria responsável por emitir vozes e imagens a nós. Qual a sua avaliação atual sobre essa questão?

Você se refere ao Timestream Station [Estação Rio do Tempo]. Pesquisadores do lado de cá que faleceram continuaram com a pesquisa. Atualmente, como não tenho feito mais experiências em TCI, não tenho ideia dos avanços. De qualquer maneira, os outros pesquisadores como a Sra. Phyllis Delduque, por exemplo, obtiveram resultados bem mais claros.

Como não tenho a menor sombra de dúvida quanto à sobrevivência, a minha motivação era apenas científica. Com o tempo, também desisti de apresentar os resultados da minha pesquisa para convencer os outros, portanto as motivações se diluíram, e não houve um avanço claro no nível das vozes.

Por outro lado, eu estava acompanhando o trabalho da médium mais fantástica do planeta, Dona Célia do Carmo Silva (falecida em 2007), um telefone humano entre os planos de existência. Escrevemos os livros de TCI e colocamos na Internet para quem se interessasse.

O que pensa do futuro da Transcomunicação Instrumental?

Só posso esperar que pesquisadores com aparelhagem mais afinada possam dar um passo à frente. Talvez este evento esteja esperando pela nossa evolução espiritual. Como você pode ver, pelo menos no Brasil, o fanatismo está em progressão geométrica, e a pesquisa desinteressada quase inexistente.

Deixe-nos suas considerações finais.

Quem estiver interessado de verdade em TCI, procure ler tudo o que estiver disponível, e ponha a mão na massa. Se puderem disponibilizar os resultados, o resultado será multiplicador.

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