Sob a ótica da ufologia, o estudo do folclore brasileiro tem fundamental importância. Ele adiciona evidências à tese da antiguidade das aparições de objetos aéreos não identificados no Brasil. O livro do ufólogo brasileiro Antônio Faleiro, UFOs no Brasil: misteriosos e milenares (CBPDV, 2002), trata desse paralelo entre o folclore e a ufologia.

É evidente que o folclore contém fenômenos naturais que foram mal interpretados pelos povos antigos. Alguns apontam que determinados fenômenos naturais seriam responsáveis por uma parcela dos mitos folclóricos que temos hoje e que foram interpretados de forma errônea pelos povos antigos — eles ainda não tinham meios de compreender o fenômeno.

Segundo a narração popular, o Boitatá é atraído pelo metal. É algo indicativo de ser um fenômeno natural. Exemplos clássicos que eram mal compreendidos no passado, como o fogo fátuo e o fogo de santelmo, seria, segundo explicam alguns teóricos, a explicação para uma parcela do folclore brasileiro.

Onde estão os discos diurnos no folclore brasileiro?

Outro exemplo seria o fenômeno denominado a “mãe do ouro”, que é narrado como “pulando” de morro para morro, e que hoje teria classificação como um fogo de santelmo.

Apesar de identificar o folclore com alguns fenômenos naturais ou supostamente ufológicos, existem algumas lacunas neste paralelo. Uma questão que devemos nos perguntar: onde estão os discos diurnos no folclore brasileiro? Qual entidade folclórica corresponderia a esta categoria?

Sim, pois aparentemente não há nenhuma “entidade” que se encaixe na classificação de “disco diurno” (“DD”, para usar a classificação Hynek). Seria a cobra da Amazônia? Bem, esta entidade até poderia se encaixar na categoria de um UFO cilíndrico, os conhecidos “charutos voadores”, mas não em UFOs no formato de disco.

Quem se encaixaria na classificação de um disco diurno? Por alto, não localizamos qualquer entidade folclórica que possa se encaixar nas características de um objeto discoidal visto de dia. Seria esperado existir uma entidade folclórica que caia nas estatísticas registradas do disco diurno para que a tese folclore versus ufologia ganhe maiores sustentações.

Referências

[1] CARVALHO-NETO, Paulo de. O povo do espaço: análise da milenar presença alienígena na Terra. Campo Grande: CBPDV, 1998.

[2] FALEIRO, Antônio. UFOs no Brasil: misteriosos e milenares. Campo Grande: CBPDV, 2002.

[3] HYNEK, J. Allen. Ufologia: uma pesquisa científica. Tradução de Wilma Freitas Ronald de Carvalho. Rio de Janeiro: Nórdica, 1972.

Alexandre de Carvalho Borges
Físico em formação (bacharelando) pela Universidade de Franca, Analista de Tecnologia da Informação pela Universidade Católica do Salvador, pós-graduado em Ensino de Astronomia pela Universidade Cruzeiro do Sul, pós-graduado em Ensino de Física pela Universidade Cruzeiro do Sul, pós-graduado em Perícia Forense de Áudio e Imagem pelo Centro Universitário Uninorte, pós-graduado em Inteligência Artificial em Serviços de Saúde pela Faculdade Unyleya, pós-graduado em Tradução e Interpretação de Textos em Língua Inglesa pela Universidade de Uberaba, e fotógrafo.

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