No livro O cientista e o disco voador, de Marc André, publicado em 1954, o autor afirma ter entrado em contato com seres que pilotavam naves vindas de outros planetas.
Sabemos que naquela época apareciam muitas histórias de seres extraterrestres que eram habitantes no Sistema Solar, principalmente na Lua, em Marte e Vênus. Cachoeiras, pântanos, mares sulfurosos, imensas florestas eram contadas pela ficção e também pela ciência.
Essa era uma época em que o primeiro satélite Sputnik ainda iria ser lançado em 1957; a primeira sonda a aproximar da Lua aconteceria somente dois anos depois, em 1959, e finalmente no ano de 1961 Gagarin subiria ao espaço. As histórias de habitantes inteligentes do Sistema Solar estavam estourando por todos os lados;
A visão do cosmos ia mudando de acordo com as novas descobertas científicas, e o homem ainda tinha pouco conhecimento do que existia nos planetas.
Um explorador espacial sem conhecimento do cosmos
O que se espera ao ler o livro é que o alegado extraterrestre que contatou o autor deveria fazer revelações que, logicamente, seria um conhecimento superior ao nosso daquela época. Ele teria que saber realmente o que existia nos planetas vizinhos e na própria Lua, porém não é isso o que acontece na narração do livro.
O que se vê no livro é que o alegado extraterrestre também é um ignorante espacial, o que só nos leva a concluir que o único “ET” do livro era o próprio autor com os seus parcos conhecimentos de astronomia planetária.
O conhecimento científico apresentado no livro está mais para uma origem terráquea do que para qualquer ET inteligente e explorador do cosmos. Veja algumas passagens do livro que denunciam como o alegado extraterrestre não tinha conhecimento do Universo:
“Explicaram [os ETs] que dentro do nosso sistema solar somos os mais atrasados, é que muitos satélites eram habitados, inclusive a nossa Lua, onde tinham casas e meios de existência. Evidentemente havia desertos, mas na região intermediária, claro-escura, havia água e vegetação.”
“Vênus é o planeta mais bonito do sistema solar e os seus habitantes geralmente são louros e extremamente belos”, como Adamski relatou. “Existem cachoeiras, rios e águas limpíssimas, as cidades são bem tratadas e o povo vive num conforto único.”
“Que os homens de Marte são pessoas como nós. O planeta está muito adiantado e que, a evolução científica só poderá advir quando chegar a moral, isto é, ou os homens melhoram no seu íntimo, ou jamais conseguiremos obter melhores condições de vida. Todos os planetas mais civilizados que o nosso têm habitantes pacíficos, inteiramente inofensivos para os outros.“
