(Crédito: Depositphotos)

Apresentação do autor por Paulo Alziro Schnor, 12 de novembro de 2004

A comprovação da vida após a morte é uma das prioridades da existência humana. Os religiosos e os espiritualistas em todo o mundo por meio dos carismas, dons, sensitividades e mediunidades têm obtido testemunhos registrados ao longo da história que evidenciam a eternidade da vida.

Aproximamo-nos da segunda Sessão Plenária do Fórum Mundial Permanente Espírito e Ciência, que terá lugar no ParlaMundi (Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica da LBV) nos dias de 20 a 23 de outubro, no qual se desenvolverá o tema “Discutindo a morte e a vida após ela”, iniciativa do escritor e jornalista Paiva Netto, que afirma que “os mortos não morrem!”.

Por essa razão convidamos o professor Jochem Fornoff, especialista em Transcomunicação Instrumental (TCI), que desde 1983 dedica-se ao fenômeno de comunicação com o mundo espiritual por meio de vozes em fitas de áudio-cassete para contribuir escrevendo uma coluna sobre o assunto neste site.

O professor Fornoff realizou estudos com o Dr. Ernst Senkowski e com o investigador Adolf Homes, coordena o Grupo de Estudos e Pesquisas de TCI em Darmstadt (Alemanha), e é editor do jornal INFO. Atua como palestrante e já desenvolveu oficinas com Senkowski na cidade de Basiléia (Suíça). Os seus trabalhos mereceram o Prêmio de Epipsicologia da Fundação Dr. A. Hedri.

 

Uma reflexão sobre o fenômeno das vozes anômalas em fitas magnéticas

Por Jochem Fornoff (Alemanha)

 

O conceito “transcomunicação” do Prof. Dr. Ernst Senkowski poderia ser exatamente traduzido como “ligação além das fronteiras; sobre as barreiras existenciais”. Tais definições indicam contatos além dos limites entre esse mundo e o Além.

Antes mesmo da era tecnológica, os profetas bíblicos foram mediadores entre os dois planos. A descoberta da técnica possibilitou a abertura de outros caminhos, como a transcomunicação instrumental. Com isso, tornou-se aceito o contato através de gravação por meio de aparelhos.

Existem hoje interessantes possibilidades de contato (como por exemplo, utilizando-se computadores e vídeos), mas gostaria de me deter nas gravações de vozes registradas em fita cassete, porque a gravação deste tipo de contato pode ser feita por qualquer pessoa sem a necessidade de mirabolantes técnicas dispendiosas.

A razão de vários questionamentos sobre este tema complexo é aceitável. Muitos cientistas se interessam por essa temática que, frequentemente, sobre o aspecto técnico é vista com ceticismo, pois pode causar medo; porém os detalhes práticos os esclarecem de forma simples. Esse é o objetivo desses escritos.

Desejo, de alguma forma, colaborar na estimulação de alguns experimentos. Nossa preocupação não é somente ajudar a solucionar as dificuldades de amadores, mas também unir experiências, de modo a nada perder-se.

Eu espero que as informações aqui transmitidas sirvam de estímulo para os leitores que pretendem utilizar e transpor as tentativas de contato. Gostaríamos de poder contribuir para que cada vez mais pessoas não apenas desejem, mas que realmente saibam que há vida após a morte!

O sistema do segundo canal de contato transcendente

A transcomunicação se estabelece sobre dois canais. O caminho mental medial é o mais antigo canal, onde a qualidade da ligação nem sempre é sem equívocos. Há hoje muitas pessoas admiráveis que se apresentam como médiuns.

Infelizmente fica a suspeita de que muitas apenas perseguem propósitos financeiros. Separar, nessa situação, “o joio do trigo” é uma tarefa tão difícil que uma crítica diferenciada dos canais mediais soa como inteiramente oportuna.

Fornoff: “A fita cassete participa meramente da transmissão, e não ativamente na formação das vozes.” (Foto: Divulgação)

Quando se leva em consideração os incontáveis avisos em revistas esotéricas, se torna mais fácil entender essa crítica. Eu não me oponho a trazer ao público as “comunicações verdadeiras”, pois eu pude durante um longo tempo participar dos contatos mento-mediais com “Claudius”, realizados pelo verdadeiro médium Franz Schneider (U 1993), sobre o qual Hildegard Schäfer (U 1997) escreveu na trilogia Diálogo com Claudius. Ela presta exatamente testemunho sobre isso que se tratou aqui, um verdadeiro canal mento-medial.

A transcomunicação pelos caminhos instrumentais existe há quase 100 anos. No entanto, ela realmente aconteceu em um relativo curto espaço de tempo (principalmente nos últimos 40 anos). Sobretudo, neste período, esta forma de transcomunicação se cindiu em múltiplas direções.

Diferente dos contatos mentais, temos registradas manifestações do Além por instrumentos — que são reproduzíveis. Isso significa que qualquer gravação poderia ser feita repetidas vezes, o que facilitaria, naturalmente, uma inspeção do contato.

O que são as vozes de fitas magnéticas?

Este conceito definitivamente não é correto, pois uma fita cassete nada tem a ver com a formação das “vozes”. A fita participa meramente da transmissão e não participa ativamente na formação das vozes. As denominações “vozes em transcurso” ou “vozes transcendentais” ao meu ver são melhores apropriadas. Por esse motivo, H. J. Spirik e H. R. Loos formularam em seu livro Notícias do Além (Steyr, 1996), na página 12, uma definição simplificada sobre o tema.

“As gravações de vozes são fenômenos acústicos de registro de claras manifestações inteligentes declaradas ou, então, simplesmente a captação das perguntas pensadas pelo translocutor que na fita magnética tornam-se perceptíveis”.

Em regra geral, nas fitas se atenta, primeiramente, sobre a proveniência das vozes desconhecidas para efeito de certificação, salvo casos excepcionais também obtidos diretamente na gravação.

Na verdade, a maioria dos métodos de transcomunicação se manifesta de maneira não adequada, apesar disso ela nada tem a ver com técnicas de efeitos sonoros, manejo indevido ou manipulação. O fenômeno da gravação de vozes é uma parte da transcomunicação, e esta em contrapartida uma disciplina parapsicológica.

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Nota do editor do site ‘Além da Ciência’: os artigos são de inteira responsabilidade de seus autores e não expressam, necessária e irrestritamente, a opinião e suporte deste website. O material está sendo disponibilizado aqui para estudo e pesquisa, sendo que cada um deve fazer o seu próprio julgamento.
Este artigo foi publicado originalmente com o título de “Um guia para treinamento do uso de cassetes”.

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